sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
NATO AZEVEDO - POETA BRASILEIRO
TRANSUBSTANCIAÇÃO (Nato Azevedo)
Tempo demais se passa acumulando
riquezas e um poder que nos oprime,
sem sequer ver que o pobre, ali vagando,
aguarda a caridade que redime.
E quando ao Mundo adeus nós formos dando
sem a nada levar... é quase um crime
não querer se doar, transubstanciando
a alheia dor em fé, gesto sublime.
Doemos nossos órgãos que a partida
vira canto de amor, belo estribilho
a dar alento à gente desvalida.
Darei à existência raro brilho
ao transformar meu "pó" em nova vida,
pois se doou -- inteiro ! -- o Deus-Filho.
O poeta "Nato" Azevedo sobrevive recolhendo coisas pelas ruas da cidade e as vendendo em praças públicas.
BLUES DA PNEUMONIA (Nato Azevedo)
I (refrão)
Com pneumonia e mal
fui me tratar lá no SUS...
peguei cólica renal,
gastrite e "mal de avestruz".
I I
Na cama só um lençol,
a comida era "ensopado".
Me cobraram o urinol
num hospital do Estado.
I I I
Num quarto pequeno abessa
tive a família a meu lado.
Se êles não partem depressa...
morria até meu cunhado!
I V
Com 3 semanas de cama
me encomendar' o caixão.
Já morto, fiz minha fama,
com esta triste canção.
(OBS.: versão livre da countryfolk
"Dust Pneumonia Blues", da
banda MUNGO JERRY, 1969/70)
O poeta por ele mesmo:
Carioca de 1º/10/1952, faço poesias desde os 15 anos e contos & crônicas a partir de l988, tendo publicado mais de 50 textos nos jornais de Belém e Ananindeua, cidade vizinha. Membro da UBT-Belém (União Bras. de Trovadores) e da ALA-A (Assoc. de Letras e Artes de Ananindeua) fui vencedor em 9 concursos nacionais de poesia/contos, tenho 51 Menções Honrosas em eventos literários de vinte cidades em 11 Estados e 220 textos em jornais culturais e revistas de 52 cidades em 9 Estados. Estou em 14 coletâneas literárias de 4 Estados, principalmente em obras da IGAÇABA Prod. Culturais, da cidade de Roque Gonzales/RS. Sou compositor de MPB, sambas e rocks sem maiores méritos, fazendo também versões de hits de grandes bandas roqueiras.
Lancei artesanalmente (Edição do Autor, em xerox) PALAVRAS AO VENTO, livreto de poemas & canções com mais de 80 cópias, em 4/1986; coordenei a coletânea com 16 poetas de Vigia/PA, "Livrencontro", em fev./1987, com mais de 200 cópias e editei "QUASE NADA...""miscelânea" com 60 exemplares, em 9/1988.
A partir de dez.1999 produzi o folheto "Jardim de Trovas" nº 0 e 1 (este em nov./2000) e o nº 2, hoje com mais de 500 cópias já enviadas para todo o país, desde junho/2002.
Entre 1990/92 organizei shows anuais em teatros de Belém com artistas de Ananindeua, além de fundar (em 1988, com meu irmão gêmeo Renato) e presidir o CCCP - Centro Cultural de Capoeira do Pará, controverso marco extinto em 6/1992, no qual expedi mais de 300 ofícios diversos defendendo uma visão artítisca dessa luta.
Aguardo a futura (?!) publicação de "QUASE NADA...", estreando como contista e registro as minhas memórias em "AQUELAS TARDES TRISTES...", com cenas da infância no Sul (PR/SC) e "momentos" amazônicos.
Diz, Lígia Saavedra:
Nato Azevedo, é um dono de uma verve rica e inteligente. Pesquisador, leitor e contestador merece há tempos uma publicação onde possa mostrar o seu pensar.
Fontes:
Overmundo
Blog de Nato Azevedo
Meu coração
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HUUUMMMM... como os computadores não fazem nada do que eu quero, o da lanhouse recusou-se a imprimir minha mensagem de agradecimento por essa imensa honra que é estar na capa do teu belissimo blog, um luxo só, esnobando em espanhol e com leitores até nos "Stêites"
ResponderExcluir/USA.
Caríssima LÍGIA, nem sei se mereço tanto consideração, mas sou poeta do Mundo agora, esse Brasil que espanca (e rouba) camelôs impedindo-os de trabalhar nas ruas (que são do povo!) não é mesmo o país que um dia amei. Me faço do CIGANO, sou um cidadão do Universo, como diria Raul Seixas, esse sim um real contestador. AMORECO, mil vezes OBRIGADO... do fundo do meu pobre coração. Beijos do "NATO" AZEVEDO