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EU ME CONFESSO ENEIDA
Ela foi poeta, ativista política, pesquisadora do carnaval brasileiro e definiu o que hoje se convenciona chamar de crônica memorialística. Eneida de Moraes. Um dos nomes paraenses mais festejados em nível nacional. As múltiplas inquietações que transformaram essa mulher única em muitas voltam à ribalta no espetáculo “Eu Me Confesso Eneida”. A montagem tem dramaturg
ia assinada por Carlos Correia Santos e direção de Edson Chagas e Leandro Haick. Em cena, as atrizes Marta Ferreira, Elisângela Vasconcelos e Rosa Marina vivem, simultaneamente, as várias faces e facetas de Eneida. Um embate angustiante e provocativo que vai revelando para a plateia detalhes da densa biografia da famosa nortista.
A produção terá temporadas especiais em outubro. A primeira apresentação será no dia 17 de outubro, às 19h, no Teatro Claudio Barradas, dentro do projeto Sesc Círio, com entrada franca. De 18 a 21 de outubro, sempre às 21h, a montagem estará no Sesc Boulevard, também com entrada franca. O Sesc Boulevard realizará ainda palestras especiais, sempre às 19h, com entrada franca: no dia 18, a convidada é Luzia Miranda, pesquisadora sobre Eneida. No dia 21, haverá bate papo com Carlos Correia Santos sobre o processo de construção do texto da peça
A peça é uma realização do grupo EcoArte e conta com apoio do Gepem . O figurino, cenografia, iluminação e maquiagem foram concebidos por Chagas Franco. A iluminação é de Marckson de Moraes. Operação de áudio é de Venildo Cohen. Diego Matos faz a sonoplastia percussiva. E as fotos de divulgação têm o selo de Pedro Ferreira. A assessoria é de Parla Página. Os apoios são de Sesc Boulevard, Revista Pará Mais, Sindifisco Nacional e Coletivo Parla Palco.
BIOGRAFIA
Contista, cronista, memorialista, Eneida Vilas Boas Costa de Moraes nasceu num palacete situado à rua Benjamim Constant e ali se criou. Filha de Guilherme Costa e Júlia Vilas Boas Costa. Família de posses. O pai era comandante de navio e, assim, desbravava os rios do Estado. Rios que, de um jeito ou de outro, acabariam tomando conta das veias de Eneida, correndo por elas mais do que seu próprio sangue. O amor de Eneida pelo Pará foi tanto que mais verdes do que essas terras só mesmo os olhos da autora, eternos apaixonados por Belém. E justamente este verde estaria no título do primeiro livro. Em 1930, ela publica “Terra Verde”, um livro de poemas com temática amazônica.
Ainda muito jovem, foi morar no Rio de Janeiro, na época, a capital federal. Filiou-se ao Partido Comunista e se posicionou abertamente contra a ditadura Vargas. Por esta razão, foi presa várias vezes. No cárcere, dividiu cela com Graciliano Ramos e Olga Benário. Apaixonada pela cultura do povo, dedicou-se a um profundo estudo sobre o folclore brasileiro. Foliona de grande marca, criou na capital carioca o célebre Baile do Pierrô. Eneida despediu-se das árvores de suas verdes terras num mês de abril. Morreu em 27 de abril de 1971. Atendendo a um pedido seu, como boa comunista, foi sepultada no lado esquerdo do Cemitério de Santa Isabel.
Serviço: “Eu Me Confesso Eneida”, de Carlos Correia Santos.
Direção Edson Chagas e Leandro Haick. Realização EcoArte. Com Marta Ferreira, Rosa Marina e Elisangela Vasconcelos.
Apresentação no dia 17 de outubro, às 19h, no Teatro Claudio Barradas, dentro do projeto Sesc Círio, com entrada franca.
De 18 a 21 de outubro, sempre às 21h, no Sesc Boulevard, também com entrada franca.
O Sesc Boulevard realizará palestras especiais, sempre às 19h, com entrada franca: no dia 18, a convidada é Luzia Miranda, pesquisadora sobre Eneida. No dia 21, haverá bate papo com Carlos Correia Santos sobre o processo de construção do texto da peça.
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