ZECA TOCANTINS

Versos

Meus versos
têm me socorrido.
Deles, tão frágeis
sequer ocupam
espaço no papel.
Perdem-se
estampados
em meu olhar.


Sonhos

Quando criança
pensava ser adulto.
Tanto sonhei
que realizei.
Adulto
tentei ser criança
mas já avia perdido
a capacidade de sonhar.


Esperança

Deserto de ti
meu peito vazio
se põe em declive
descendo... descendo...
Talvez lá no fim
encontre perdidos
pedaços de mim.
Ah! meu querido poema.


Pó

Forjo do pó
um poema
ágil feito pé de ema
mergulha o ventre do mundo
e sai da boca da gente
despido de hipocrisia
- cristalino.
Poema é pó poesia
versos virando semente.


Sobre o autor:

José Bonifácio Cezar Ribeiro – Zeca Tocantins- nasceu em Xambioá (TO) em 14/05/1958. Reside em Imperatriz (MA) desde 1963. Autodidata. È cantor, compositor, poeta e contista.

Membro da Academia Imperatrinzense de Letras.Publicou os livros CALUMBI (poesia, 1993 – Prêmio Gruli de Literatura), MOINHO (poesia, 1993), DEZ CONTOS DE PULINÀRIO (contos, 1994), GOTAS DE SOL(poesia, 1997-Prêmio GRULI), CAMINHOS DE NÒS (poesia, 1998- Prêmio Academia de Letras de Imperatriz), BANZEIROS (conto,2001), COLHEDOR DE MANHÂS (poesias,2003), PEQUENO ENSAIO SOBRE CULTURA, CRIAÇÃO E ARTE, (Ensaio,2006) DIALÈTICA DO SILÊNCIO (poesia,2008) DO OUTRO LADO DA PONTE (Crônica, 2010) Gravou os discos CIO DO HOMEM (LP, 1993), TERREIRO DE TODO CANTO (CD, 2000) e MESTIÇO (2002).

Participou de festivais de música em várias regiões do Brasil: Festival de Americana de São Paulo, Itacoatiara no Amazonas, Festival da Canção Boa Esperança Minas Gerais, Festival do SESC, Festival de Música do Juazeiro do Norte Ceará, Festival de Canção de Marabá.Foi presidente da Associação Artística de Imperatriz (ASSARTI) Sindicato dos Músicos da Região Tocantina e da Fundação Rio Tocantis.

Já produziu e realizou os seguintes eventos culturais: I e II Semana de Música de Imperatriz, I,II, III, e IV Festival de Música de Imperatriz-FMI, Semana do Livro deImperatriz (2004 e 2005) Projeto Nossa arte nas escolas (2010).Participaçãoem eventos: “Tribunal da Dívidas externa” no Teatro João Caetano no Rio de Janeiro.


Fontes:
Jornal de Poesia
www.revistaagulha.nom.br
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