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sábado, 28 de agosto de 2010

OS 39 DEGRAUS




Alfred Hitchcock tornou-se o mestre do suspense graças a um recurso simples e, ao mesmo tempo, engenhoso: em boa parte de seus filmes, um homem, apesar de inocente, é apontado como culpado por algum crime e só lhe resta a alternativa de provar a inocência. A primeira vez que o diretor exercitou tal estratégia foi em um filme de 1935, ainda em sua fase britânica, chamado "Os 39 Degraus". O longa inspirou duas refilmagens e uma adaptação de sucesso para a Broadway, cuja versão nacional estreia amanhã, no Teatro Shopping Frei Caneca, em São Paulo.

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"Quando assisti à montagem em Nova York, há alguns anos, fiquei fascinado, mas duvidava que a produção pudesse chegar ao Brasil graças à sua complexidade", comenta o ator Dan Stulbach, que vive o protagonista Richard Hannay. De fato, apesar de contar com apenas quatro atores em cena (os demais são Danton Mello, Fabiana Gugli e Henrique Stroeter), a peça tem mais de 30 personagens, todos envolvidos na trama em que Richard Hannay é acusado de assassinar a linda agente secreta, com sotaque alemão, Annabela Schimit. "Isso exige um trabalho de grande precisão, envolvendo contrarregras e técnicos de iluminação", observa Stulbach.




"Foi justamente essa mecânica, aliada a uma história engraçada, que me motivou a aceitar a direção", conta Alexandre Reinecke, que também viu a versão na Broadway, ficando igualmente empolgado. A peça exige, de fato, uma produção complexa. Ao tentar provar sua inocência, Richard Hannay foge para a Escócia, onde pretende investigar as informações passadas por Annabela. No caminho, cruza com diversas pessoas, especialmente Pamela, moça que desenvolve uma estranha forma de relacionamento com ele, pois ora o denuncia para a polícia, ora o ajuda na fuga. "Nessa correria, interpreto 13 personagens, o que me obriga a trocar de roupa em alguns segundos", conta Henrique Stroeter, que interpreta homens e mulheres. "É tudo tão maluco que, às vezes, eu assumo um personagem que já foi vivido por ele, instantes atrás", diverte-se Danton Mello, que também assume outra dúzia de papéis.

A peça revive um gênero que marcou o cinema americano nos anos 1930 e 40, a screwball comedy, ou a comédia maluca, em que os diálogos são disparados como metralhadora. "Na verdade, apesar de manter até 80% dos diálogos do filme de Hitchcock, a peça é uma grande homenagem ao teatro", observa Reinecke. "É um desafio, pois apresenta várias técnicas e gêneros de cena, como o melodrama, a dupla de clowns, teatro de sombra, mímica e muita expressão corporal."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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