Choro o pranto da purificação,
mas a lágrima que não caiu
em vão, não se esparramou
em meu rosto
e nem sequer bastou
ao meu sofrimento,
brota e inunda minh'alma.
.
Ao calvário!
Me ordena a vida.
Crucifica a culpa
que o teu peito arrebenta
e divide com a poesia
esse teu amargo pranto.
.
Meu deserto em sangue se desfaz
Escorrendo pelas áridas dunas
do tempo perdido
e ele inumano,
povoa rios com a dor
da mais pura ausência
e mares com imensas
ondas da minha mortificação.
.
Sacrificai-me, Senhor!
A teus pés imploro
Vinde a mim a tua ira
e leva a tua misericórdia
a quem tanto amo
e a quem tanto
vos tem ofendido.
.
Amém!
.
LÍGIA SAAVEDRA
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