domingo, 27 de junho de 2010
O TEATRO DA VIDA
O TEATRO DA VIDA
Coadjuvante nos meus dias
crio um personagem tosco
troco o triste pelo burlesco
e no palco o falso rosto
Provoco um alvejado gesto
da boca que sempre mente
à lágrima que nela escorre
mascarando o descontente
Dia e noite represento
esse incansável ator
oculto à miséria da alma
mostrando-se prometedor
Sorrio um fortuito sorriso
invento alguma emoção
jogo flores em toda a mágoa
disfarçando a aflição
Assisto a platéia ensandecida
ávida por qualquer desfecho
aplausos a toda a tragédia
e risos a cada tropeço
Sobe o pano
cai a farsa
LÍGIA SAAVEDRA
Assinar:
Postar comentários (Atom)
A plateia ensandecida APLAUDE de pé a minha querida Lígia por tamanha grandeza no escrito!
ResponderExcluirPA-RA-BÉNS amiga!
Um abraço de quem admira tua poesia, Marluce