Conheci Edinira Camarão, Assistente Social, funcionária Pública e poetisa, há tempos através dos "Amigos do Poeta Camarada", um clube do qual faço parte com muito orgulho fundado na casa de Mariazinha Gonçalves, também poetisa, com o intuito de homenagear Vinícius de Moraes, e a partir daí estreitamos os laços de amizade e de poetagem.
Me encantei de prima com seu estilo próprio e deveras parauara de fazer poesia já que seus temas quase sempre falam de nossa terra, nossa gente, nossas florestas, nossas lendas e nossas águas.
Confira e comente!
Me encantei de prima com seu estilo próprio e deveras parauara de fazer poesia já que seus temas quase sempre falam de nossa terra, nossa gente, nossas florestas, nossas lendas e nossas águas.
Confira e comente!
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MATINTA PEREIRA (Nira - Marajoara - Boavistense)
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Sentimento breve
Sobrevôo leve
Sobressalto teve
O susto conteve
O grito reteve
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Disconjuro
Credo em cruz
Ave Maria
Vem de noite
Vai de dia
Disconjuro
Credo em cruz
Ave Maria
Vem de noite
Vai de dia
Buscar uma cortesia
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Um fumo. Será que devo?
Um poema. Eu te escrevo?
Café? Na mesa te sirvo.
Se quiseres, cerveja e queijo.
Um poema. Eu te escrevo?
Café? Na mesa te sirvo.
Se quiseres, cerveja e queijo.
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Mas... Vem.
Vem...Que te quero zolhar.
Vem...Que te quero assuntar.
Vem...Que te quero criditar.
Mulher voadora
Ave encantadora.
Mas... Vem.
Vem...Que te quero zolhar.
Vem...Que te quero assuntar.
Vem...Que te quero criditar.
Mulher voadora
Ave encantadora.
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A PRESA (Nira - Marajoara - Boavistense)
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De repente chegastes
Braços de remador
Por onde remastes?
Pescador de mim.
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De repente chegastes
Braços de remador
Por onde remastes?
Pescador de mim.
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Aqui me deixastes
Sem barco e sem lar
Sem rio e sem mar.
Sem céu nem estrelas.
Sem lua e luar.
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Aqui me deixastes
Sem barco e sem lar
Sem rio e sem mar.
Sem céu nem estrelas.
Sem lua e luar.
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Sem hora, sem tempo.
Me chegas assim.
Com cheiro de mato
De relva, capim.
Por onde andastes?
Caçador de mim.
Me chegas assim.
Com cheiro de mato
De relva, capim.
Por onde andastes?
Caçador de mim.
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O que importa agora
É teu cheiro de ilha
Teu peito de quilha
Chama no olhar, lábios a queimar.
O que importa agora
É teu cheiro de ilha
Teu peito de quilha
Chama no olhar, lábios a queimar.
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Só sei que chegastes
Sem hora, sem tempo
Com o marulho do mar
Com a luz do luar
Deixando prá traz o tempo ruim
Fazendo de mim
A presa de ti.
Só sei que chegastes
Sem hora, sem tempo
Com o marulho do mar
Com a luz do luar
Deixando prá traz o tempo ruim
Fazendo de mim
A presa de ti.
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QUEBRANTO (Nira - Marajoara- Boavistense)
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Ainda sinto o visgo de teus olhos nos meus
Quase cerrados, hipnóticos, feiticeiros
Tua tez morena e o sorriso matreiro
Envolventes me atrem aos braços teus.
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Ainda sinto o visgo de teus olhos nos meus
Quase cerrados, hipnóticos, feiticeiros
Tua tez morena e o sorriso matreiro
Envolventes me atrem aos braços teus.
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Meu virgem corpo inocente treme
Nos teus, meus olhos criam cravos
De ti, meus sentidos são escravos
Passas a ser agora, o meu leme.
Meu virgem corpo inocente treme
Nos teus, meus olhos criam cravos
De ti, meus sentidos são escravos
Passas a ser agora, o meu leme.
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Não tem antídoto, alquimia ou bruxaria
Que desfaça este quebranto
Colar meu corpo no teu
É tudo o que eu quero tanto.
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Não tem antídoto, alquimia ou bruxaria
Que desfaça este quebranto
Colar meu corpo no teu
É tudo o que eu quero tanto.
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Já com as correções e obrigada pela revisão, Nira.
ResponderExcluirUm bjão