terça-feira, 13 de julho de 2010
OS NEGROS BRANCOS DA ÁFRICA
Albinismo, do latim "albus", que significa branco, é uma condição genética herdada caracterizada pela ausência de melanina na pele, olhos e cabelo, assim, pode afetar todas as raças, sem distinção.
A pura ignorância, da superstição e do preconceito social incrível, tornaram os albinos africanos pessoas marginalizadas e prisioneiras dos que acreditam que certas partes do seu corpo trazem boa sorte.
Logo após o nascimento, elas são rejeitadas. Geralmente por seus pais que os abandonam e as suas mães, que são responsabilizadas pela condição fragilizada da criança.
Eles têm dificuldade na escola para ver o quadro-negro. Professores e colegas os discriminam e insultam. Encontrar trabalho é difícil, eles são marginalizados. Sofrem problemas de visão e o sol africano inclemente lhes causa sofrimento, causando ulcerações e queimaduras. Muitos jovens morrem de câncer de pele. Não é fácil ser albino na maioria dos países africanos, muitos dos quais, particularmente nas zonas rurais, explicam a sua falta de pigmentação por uma maldição que paira sobre a família.
Eles também são "peças cobiçadas” pelas bruxas. As pernas, braços, pele, língua, e cabelos de albinos valem milhares de dólares. Os curandeiros os utilizam para "curar doenças" e para prometer fortuna. Uma das crenças africanas mais arraigadas garante que se você beber o sangue de um albino vai ganhar muito dinheiro.
Na foto acima, Bibiana amputada à noite por pessoas que acreditam que partes do seu corpo albino, usado em conjunto com outros medicamentos tradicionais, podem ajudá-los a ficar ricos em mineração e nas indústrias pesqueiras. As pessoas que atacaram e amputaram a perna de Bibiana foram presas.
O governo da Tanzânia proibiu o curanderismo, para impedir a caça de mais de albinos. Mas a questão é, o que acontece no resto da África? Algumas ONGs estão a trabalhar muito para chamar a atenção para estas redes criminosas.
Fonte da reportagem:
Mural dos Escritores por Jaak Bosmaan
Fotos da Internet
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