VERSO EREMITA
Ouçam!
Vibra o silêncio na solidão
Calam-se os pensamentos
O nada permanece amorfo
A palavra se transforma em nó.
Na garganta seca da boca sem beijo
Impedindo o sentido da alma estéril
Sem ressonância no outro
O deslustrado semblante concentra
Ausência, desprezo, renúncia.
E tácito, abandona-se a eterna companhia.
Do seu Eu anacoreta.
LÍGIA SAAVEDRA
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