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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

EU SOU NEGUINHA


Cresci acreditando que era diferente, que meu cabelo era feio, que minha cor era a preta, que podiam me chamar de parda, morena ou café com leite, isso seria bem melhor porque ser “preto” significava tudo o que não era bom. “Preto, quando não suja na entrada, suja na saída”.

Graças à minha rebeldia inteligente logo descobri que nada disso era verdade, que a minha negritude afro descendente é linda, que meus tão invejados caracóis são símbolos da minha raça, que estudar, trabalhar e aprender cada vez mais é o princípio básico para todos os seres humanos e que acima de tudo eu precisava lutar contra o preconceito que me impunham mostrando que dignidade, honestidade e retidão são incolores."Qual é o pente que te penteia?"

Não foi fácil, mas consegui e hoje, neste 20 de novembro de 2010, muitas chapinhas depois da infância, penso que qualquer homenagem que se faça aos irmãos que se destacaram na Cultura, nas Artes e nas Ciências é pouca diante da grandiosidade do feito pelo nosso Zumbi dos Palmares ou Machado de Assis, pela Chica da Silva ou pela Dayane dos Santos.""Sei que sou negro de cor, meu irmão, minha cor..."



“Eu sou neguinha” mostra um lado da minha cor que tantos buscam ao sol.

Pouco há de se comemorar pois ainda engatinhamos na igualdade, mas não mais nos escondemos atrás de painéis raciais e vamos à frente dos nossos feitos mostrando com orgulho que “Alma não tem cor”.


Lígia Saavedra

Fontes:
You Tube
Google Images

Um comentário:

  1. Lígia,

    Que lindo post amiga!


    Gosto é respeito quem se destaca sem cor, que se faz notar pela alma que tem, pela bravura de ser notável não pelo que difere uma pessoa da outra, mas pelo o que supera tudo isso, suas qualidades!


    Um abraço admirável amiga, Marluce

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