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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

SILVIA MENDONÇA - POETISA BRASILEIRA


TRACEJADO

Traços sépias
Linhas desocultando
vertigens
Desejos rasurados
em teu colchão

[Vocábulos encabulados
se insinuam]

Silhueta cínica
Pura puta
Saciando as fatias
do teu corpo

Fomes distintas
Ficções teatrais
te comendo leituras
Saídas de mim profanas
Indo para ti angelical

[Estou na tela]

Grafito gestos obscenos
Provocantes
Escondo-me
no branco da superfície

[Só tu sabes riscar
Arriscar]

Teu fogo labareda
Entra-me pelas coxas
Ventre pecado
Onde tremes tua paixão

[Rojão cadenciando gozos
Desenha labaredas de nós]


SILVIA MENDONÇA


A autora por ela mesma:

Escorpião, não me "entrego";
Fênix, ressurjo das cinzas;
Águia, busco alívio nas alturas;
Loba, farejo um predador à distância;
mulher, descendo de Eva:
sei o que é ser expulsa do
"paraíso" por "comer"
da árvore do conhecimento.

Assim, convivo com a bênção e a maldição,
o santo e profano, o real e o mistico,
o amor e ódio, a paixão e a entrega,
o ganho e a perda há milênios.

Pois sou aquela que traz a alma no céu da boca,
na ponta da língua, no canto esquerdo do peito,
onde, por acaso, mora o coração.

Se conheço os "cantos" da mulher, nos dois sentidos,
não foi por mérito, foi por precisão.
Não sei se tenho todos "os ângulos e arestas arredondados",
pois ainda me "arranho", tropeço.

E, por esse mesmo motivo, costumo, em meus poemas,
deixar um fio solto aqui, outro ali, sem arremate,
para poder recomeçar se for o caso.

Nenhuma obra é pronta e acabada.
Com a minha, não tenho essa pretensão.
Quanto a usar, e abusar, da sensualidade em meus escritos,
sem ser vulgar, acredito ser uma mulher bem resolvida sexualmente;
sem pudores ou hipocrisia - e me coloco inteira em meus poemas.
Eu os vejo como a um espelho.

Mitológica sereia, aprendi a (en) cantar,
dando ao outro a chance de ceder ou não.
A isso chamo respeito!

Deusa, não cobro trabalhos "hercúleos"
daquele que me deseja.
Apenas amor!

Feiticeira (wicca), não "cozinho" sortilégios em caldeirão
nas noites de lua cheia para ter o que, ou quem, eu quero.
Conquisto com meu charme e beleza naturais.

Pitonisa, não adivinho ou "invento"
acontecimentos para impressionar.
Uso outros métodos, até mais impressionantes.

Não leio o destino das pessoas em borra de café;
nem em conjunções astrais.

A vida é feita de escolhas
- e muda de rumo num piscar de olhos.

A isso chamam Livre Arbítrio,
dom de Deus!


Diz, Lígia Saavedra:
Silvia Mendonça é nossa companheira em vários sites literários e pessoa a quem devoto um grande carinho.
Sua poesia é de ouro e sua competência idem, por tudo isso deixo aqui registrado o meu respeito e a minha reverência a essa grande mulher.

Ave, Silvia Mendonça!



Fonte:
Mural dos Escritores
Fotos:
Google Images

2 comentários:

  1. Lígia, agradeço-te enormemente pelo destaque dado ao meu poema e ao meu perfil. Tu és muito generosa, amiga, companheira. Teu blog esta lindo, bem a tua cara. Aquele prato la na frente é açaí com coco? Adoro. Quando fui a Belém, se não andasse e farreasse tanto, teria ganho vários quilos, pois a comida é forte e todos os dias, pela manhã, eu tomava açaí, na tigela, é assim que diz? Ah, tem algo que eu não posso deixar de comentar: a seleção musical! Perfeita: clássicos do Jazz.Amei! Teu blog não é lugar para visita rápida: tem tanta postagem legal e vejo que estas conectado a outros blogs, inclusive de notícias. Parabéns, minha querida. Até me deu vontade de retomar o meu, que é também do blogspot e esta parado. Quem sabe quando eu ficar boa de vez. No momento estou com mais responsabilidade do que posso aguentar. Mas nada que impeça de eu ler ou visitar um amigo. Perdoe-me! Beijos querida, Silvia Mendonça

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  2. Vagabunda velha salafrária, safada, 171, golpista...tu vai é pra cadeia e vai ficar boazinha lá!!!!

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